Skol Rock

A década de 1990 foi pródiga para o rock. Muito som legal surgiu e se firmou no cenário musical. Havia um espaço fantástico para o estilo naquele momento, até mesmo na grande mídia, se compararmos com os dias atuais. O Festival Skol Rock foi um desses espaços. Um evento que contava com a participação de pouco mais de dez bandas novas, e que competiam pela melhor colocação. Sim, havia uma competição. Esta podia não ser a melhor forma, mas havia a possibilidade de se apresentar em palcos inatingíveis para a molecada, além de dividir o palco com grandes artistas nacionais e internacionais.

O modelo era bem comum e acessível, você enviava uma demo-tape com um release da banda para a produção do evento e ficava aguardando a seleção. Nessa brincadeira, conseguimos participar das três primeiras edições. Na primeira, em 1996, tocamos no Ginásio Álvares Cabral, no estado do Espírito Santo, abrindo para o grande show dos Titãs. No ano seguinte, pudemos nos apresentar no palco do Imperator, no bairro do Méier, Rio. Naquele ano, a atração que fechava o evento era a banda estadunidense de rock alternativo Lemonheads. Ficamos em segundo lugar na etapa Rio do Festival, nos permitindo participar de vários outros eventos patrocinados pela Skol, o que se traduziu em muita cerva grátis também (rs). Já a nossa última participação no Skol Rock se deu em 1998, com uma apresentação inesquecível para cerca de 8 mil pessoas no Metropolitan, na Barra da Tijuca, Rio. Neste ano, as bandas que encerravam o Festival eram os Raimundos, Charlie Brown Jr. e Os Paralamas do Sucesso.

É bem difícil, para as gerações passadas, perceber e entender os valores das gerações atuais. Muitas vezes nos pegamos reclamando do cenário musical, em especial do espaço que o gênero do rock vem ocupando nas grandes mídias. De certo, reclamar não vai melhorar nada. Novos tempos trazem novas oportunidades.

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